quinta-feira, 10 de abril de 2008

Pólos Dimensionais do Brasil-Nova Era - O Triângulo São Lourenço - Alto Paraíso - Barra do Garças















Acima: as Três Montanhas Sagradas: Colina de Moreb (Sao Lourenço) à esquerda, Morro da Baleia (Alto Paraíso) ao centro, e Serra do Roncador (Barra do Garças). E o arco-portal de Alto Paraíso (foto: www.travessia.tur.br)


A idéia de centro é uma realidade na tradição universal. Centros são vórtices, chakras, mandalas. A dinâmica de centro é sagrada porque denota sínteses e confluências, e como tal, renovação e transformação, assim como uma certa superação potencial das próprias dimensões de tempo e espaço na Natureza. Em busca desta magia e transcendência, é que são identificados e organizados os pólos sagrados das civilizações.
A faixa geocósmica da Era de Aquário incide sobre o Brasil, mais exatamente, desde antes do Arquipélago de Fernando de Noronha (ou 30o O) até a altura de Manaus (60o O). Assim, se o Brasil ainda não “aconteceu”, é apenas porque a Nova Era não começou de todo, mas ascende literalmente ao poucos no horizonte como o Sol, a cada novo Equinócio de Primavera.
Nos conceitos de “novo céu” (tempo) e “nova terra” (espaço) das profecias, a linha central da Nova Era (centro cronodésico) passa por São Lourenço (45o O), também situada sobre o Trópico de Capricórnio (23o S); ao passo que o centro geodésico do país situa-se em Barra do Garças (52o O e 15o S), na fronteira do Estado de Goiás com o Estado de Mato Grosso.
Dentro desta importante faixa de sete graus (um número perfeito, portanto, chamado por Blavatsky de “a escala da Natureza”), situa-se o meridiano 48, que é o “número da Terra” segundo várias tradições, e que passa por Brasília e por Alto Paraíso (15o S). Assim, estas cidades seriam aptas a forjar uma cordenação espaço-temporal das coisas da Nova Era e da Nova Terra. Casualmente, Alto Paraíso possui, na sua entrada, um duplo-arco com suas metades (que podem ser relacionadas a tempo & espaço), separadas em sete metros uma da outra. As árvores que os centralizam, são como o símbolo da Tau sagrada que gera os ciclos dialéticos.

Na tradição de Sabedoria, a procura da harmonia espaço-temporal é uma constante. A realidade astronômica nem sempre conflue com exatidão com a realidade astrológica ou com sua geometria perfeita. Para sanar este problema, lança-se mão de diferentes recursos, tal como o dos chamados Dias Epagomenais, reunidos no final do ano “redondo” ou perfeito de 360 dias, e então consagrados a festas, quer dizer, retirados da rotina convencional do tempo.
Assim, Alto Paraíso significa não apenas o ponto de confluência entre tempo e espaço, como também a forma de harmonizar a diferença existente entre estes dois eixos dimensionais no país. De fato, os verdadeiros calendários não são apenas lunares ou apenas solares, mas soli-lunares. E nem se emprega comumente dois calendários diferentes, mas um só calendário duplo, sintético e flexível, que necessita de bastante ciência e discernimento na sua elaboração e manutenção.
Barra do Garças é o centro geodésico da Grande Civilização Brasileira, cujo ciclo avançará até os começos da vindoura Era de Capricórnio. Não obstante, não longe, no meridiano de 56o O e também no Mato Grosso, está o centro geodésico da própria América do Sul, entre a capital Cuiabá e a bela Chapada dos Guimarães.
São Lourenço é, no entanto, um centro cronodésico* cósmico por ora apenas simbólico, porque o Eixo Polar apenas incidirá sobre esta cidade dentro de uns mil anos. Não obstante, a linha central dos Signos Fixos, é dita ser uma “faixa de descenso avatárico”, segundo Dane Rudhyar. Quem sabe, quando chegar a hora, tal coisa aconteça, e para isto estaria sendo preparada.
Assim, como escrevemos na obra 2013 - A Cidade -Portal, “O encontro do raio agarthino espacial com o raio shambaliano temporal, são como duas correntes opostas que acendem o circuito luminoso da lâmpada central de Brasília/Alto Paraíso.”
Concomitantemente, Alto Paraíso é um centro cronodésico na evolução nacional, porque foi fundada há 260 anos, quer dizer, um Tzolkin-de-Anos, e também, após um outro Tzolkin-de-Anos em relação à descoberta do país. Assim, esta localidade está se revelando como uma verdadeira Cidade-Portal, definin-do os seus grandes ciclos sob a pauta das harmonias cósmicas, permitindo organizar calendários universais, ao modo da cidade sagrada de Tiwanaku nos Andes, situada nesta mesma latitude.
Heródoto transmitiu a tradição egícpcia do ciclo-Fênix de 500 anos, quando acontece uma grande renovação das sociedades ou das civilizações. O fato foi fartamente observado pelos próprios egípcios e pelos povos vizinhos.
Os 500 anos de Brasil, podem ser recelebrados no ano de 2.020, ou no marco dos 520 anos, para se adequar aos ciclos maias, o chamado kaltun. Nas Américas em geral, porém, e como uma grande coincidência, esta referência cíclica da data de descoberta, o ano de 1.492, também coincidirá com o próprio celebrado 2.012 do final do calendário maia.
Da mesma forma, teremos o jubileu judaico de 50 anos, que é um fractal deste ciclo-Fênix para eventos menores, e que os antigos mexicanos observavam como 52 anos na cerimônia do “Fogo Novo”. Neste pequeno ciclo escatológico de uma geração, os povos renovavam as suas instituições, se desfaziam do supérfluo e se renivelavam socialmente. A nova capital do Brasil, Brasília, fundada em 1960, está portanto sob este marco histórico, podendo celebrar a sua renovação também em 2.012.

* A geodésia deriva do grego “geo” que significa terra, e “daio” que significa dividir. A geodésia se dedica a dividir geometricamente a terra e determinar formas e dimensões, dependendo daquilo que se vai estudar. Cronodésia é a medida e a divisão do tempo (“cronos”).






Boletim O VITRÍOLO, nº 4, Alto Paraíso de Goiás

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